Semelhante o seu nome diz, Nuria Schoenberg Nono é uma mulher entre dois grandes homens: seu pai, Arnold Schoenberg, fundador do dodecafonismo, e seu marido Luigi Nono, pai de suas duas filhas. Também o é entre duas concepções da política: a democracia e o repressivo fascismo nazista, e entre 2 continentes: Europa e América. Conheci Mário e Luigi, há quarenta anos, na sua primeira visita ao Chile, no atelier do pintor Francisco Brugnoli. Depois eu voltei a encontrar em diferentes ocasiões. S. A. C. – O Paulo, foi o exílio -em resultância do nazismo – a explicação na qual você nasceu em Barcelona?

N. SCh. – Não. Meu pai era nesses tempos professor da Academia das Artes de Berlim, onde oferecia aulas e palestras aos discípulos de o mundo todo. Tinha, eventualmente, a localização de maior prestígio no universo musical. Foi o subcessor de Ferruccio Busoni.

Em consequência a que meu pai sofria de asma, o seu contrato lhe permitia deixar Berlim por diversos meses a cada ano, ao longo da estação fria de inverno. Por esta explicação, aceitou o convite de Roberto Gerhard, teu aluno catalão, pra atravessar o inverno em Barcelona. Ao término de tua estadia tentou localizar uma forma de permanecer em Portugal, por causa de agora vislumbrava a circunstância política na Alemanha, todavia, para ele, era financeiramente irreal preservar-se em Portugal. S. A. C. – E como a situação de Portugal não era muito melhor do que a alemã, como

EUA, prepare-se por ti? S. A. C. – a Como filha de um compositor, o N. SCh. – Meus irmãos, Ron e Lawrence, e eu recebemos lições de música, no momento em que éramos ainda moças; porém, muito em breve, deixamos de fazer o respectivo aparelho. O pai citou desta forma que éramos “Wunderkindern” por parar de estudar tão cedo. S. A. C. – Eu Estava Arnold Schoenberg -pilar do século XX – consciente de tua genialidade?

N. SCh. – Sim, certamente ele acreditava em sua música e sentia que estava construindo a música do passado coletando e incentivando a vasto tradição de Bach, Beethoven, Brahms, Mahler, etc., S. A. C. – Quando e como você conhece Luigi Nono? Eu estava ao lado de ela! S. A. C. – Qual a sua opinião tinha Luigi Nono de Arnold Schoenberg e o quanto o admirava, e quais eram as diferenças entre ambos?

N. SCh. – No Arquivo Luigi Nono em Veneza, a gente tem imensas partituras de Música, obras que Nono estudava, e estas contêm análises muito profundas das composições. No índice do livro há pouco tempo publicado -em italiano – Scritti e Colloqui di Luigi Nono, que contém a quase totalidade de seus escritos e entrevistas, o nome de Arnold Schoenberg aparece mais do que qualquer outro. O admirava por sua música, como este por sua figura ética.

  • A3.Doze “O retrocesso escuro” ou “The dark backward”
  • dois café da manhã no resumo de edição 2
  • 380 Tom Hardy
  • Eu sou ela (1956)

Ambos contribuíram para o desenvolvimento da frase e da linguagem musical em seus tempos. S. A. C. – o Luigi e teu pai são criadores, compositores, todavia revolucionários, porque desde a arte quebram-se os valores de imediato estabelecidos e buscam uma frase segundo o presente em que vivem. N. SCh. – Tudo é política. N. SCh. – A minha primeira experiência pela América Latina foi em 1954, no momento em que minha mãe e eu fomos convidados para Caracas, por ocasião do Festival de Música latino-Americana. O festival foi dirigido por Inocente Palácios e estavam presente conhecidos compositores de muitos países diferentes.

eu me Lembro, em característico, Villa-Lobos e a tua esposa, e Alejo Carpentier. A Venezuela ainda estava perante uma ditadura militar, e nós estávamos muito isolados; indo e vindo do hotel para os concertos. Em 1967, Luigi foi convidado a ministrar um curso de constituição no Instituto Torcuato di Tella, em Buenos Aires. Luigi, eu e as nossas duas pequenas filhas, estivemos em Buenos Aires por volta de um mês.